quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A TERATROGENINA NA FORMAÇÃO DENTÁRIA

A TERATROGENINA NA FORMAÇÃO DENTÁRIA

“Na África, uma criança , a cada 15 segundos, morre de sede”.
Quando o “Primeiro Fórum Sobre a Seca na África” foi realizado, em Zimbalê, Quênia, em janeiro de 1997, a frase acima abriu o evento e resumiu o caráter emergencial da reunião. Organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da África (PNDA), o encontro contou com especialistas em climatologia do continente africano e cientistas do Setor de Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica dos Estados Unidos. Os resultados do encontro previram que mudanças climáticas vão transformar as regiões do sul da África, e que a falta de água no continente impossibilitará a vida nos países mais pobres do planeta. O resultado do encontro acaba de ser publicado na revista científica bimestral Procedings of the National Academy of Sciences, publicada na edição de outubro de 2008. A pesquisa, liderada pelos cientistas Benedict Tembo, do Zâmbia e pelo americano John Isaac Marty, divulga os primeiros resultados obtidos em laboratório. Através da utilização dos métodos do efeito teratrogênico in vitro ,em fetos de animais experimentais, com a utilização de germes dentais de molares inferiores, constatou-se significativo acréscimo de dentes nas arcadas inferior e superior dos fetos de camundongos em formação, entre 14 e 17 dias de vida intra-uterina. No período de dez anos, testes laboratoriais indicaram que a droga teratrogenina associada ao genol-cálcio, atravessaram a placenta e favoreceram a formação dentária do feto, que nasceu com elevação nos níveis minerais dos dentes. O estudo indica que no prazo de 20 anos será possível a viabilização do nascimento de crianças das áreas mais pobres do planeta nascerem com dentes. Segundo o chefe da Equipe de Coordenação da Seca (ESCA), sediada na Namíbia, Manuel Tembo, “Com a falta de água na região, o resultado da pesquisa, focada na alimentação sólida, indica nova forma de sobrevivência e adaptação ao futuro sem água, que persegue o continente africano”.

Fonte: Procedings of the National Academy of Sciences, ano 54, mês 10, página 43

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