quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ao redor do vermelho

De aula 3


Nem tudo é cinza na cidade. É difícil enxergar, é preciso estar bem atento, e principalmente sair da pressa alheia, Observar vagarosamente, conseguir enxegar através da neblina escura. A fuligem negra é implacável. A resistência? Em cada carro lavado na manhã de domingo, e de vez em quando no toldo na lanchonete da esquina.

Nessa esquina passam carros, param pedestres e cães. O prédio, observa a tudo isso enegrecendo junto com todo o resto. O ônibus tem a lateral verde, talvez por isso não passe por essa esquina, mas na rua de baixo. Os táxis sim se sentem bem a vontade por aqui, passam no sinal amarelo mais rápido que no verde.

Aliás táxi nessa cidade é semi-elegância, é ter motorista em carro branco, de lataria invuneráveis à fuligem, mas taxista é motorista descartável e alguns cheios de fuligem. Elegância mesmo é ter motorista em tempo integral de uniforme e carro anti-fumaça.

Verde-esfumaçado é a cor da árvore em frente ao prédio, a mesma cor da bandeira hasteada no prédio ao lado. Nada azul, talvez o céu, talvez, porque o vício na fumaça esteja me fazendo mudar de tom.

Um comentário:

Amandinha disse...

Haaaaa...
O mesmo da aula, rs!!!
Valeu !!!!!!!!
Bjs