sábado, 25 de outubro de 2008

Chuva inspiradora


Cadê o cadáver esquisito?

Impermeável

Deixa a chuva molhar
E tudo devaneio mesmo
Quando tudo e chuva
Lava quando eu sangro
A flor se fecha
Antes de comê-la
Esconde seu nome
Revela um segredo de uma abelha
Onde estará está felicidade revessa?
Quando eu danço um tango
Com a solidão sem tanga
Da mágoa brota pus
Mazela que se abre
Como um sabre afiado
Abre passagem
Corta uma mecha
Do seu cabelo
Quase desfeito pelo vento
Apaga a vela
Abre uma brecha
Em meu joelho
Singelo elo
Compõe um ambiante aconchegante
Um quarto de quartzo
À parte para amar-te

(Ednei)

2 comentários:

Will disse...

gostei particularmente do ritimo, parabens

Alexandre Brussolo disse...

Uma linda e comovente poesia, carrega uma tristeza que a chuva carrega e lava, parabéns.